Poema de Richard Wilbur (vencedor de 2 Prêmios Pulitzer
em poesia: em 1957 e em 1989. Falecera este mês, no dia 14, aos 96 anos)
traduzido por mim:
"A casa" (Tradução de Adriano Nunes)
Às vezes, ao acordar, os olhos fecharia
Pr' última olhada à casa branca qu' ela viu
No sono sozinha, e que título não possuía
E não tinha ainda entrada, pra seus cicios.
Pr' última olhada à casa branca qu' ela viu
No sono sozinha, e que título não possuía
E não tinha ainda entrada, pra seus cicios.
O qu' ela me disse daquela casa dela?
Portão branco; terraço; basculante à porta;
Andar de viúva acima da costa pétrea;
Ventos de sal que irritam abetos à volta.
Agor' ela está lá, onde quer que ser possa?
Somente um homem tolo esperaria achar
Tal paraíso feito por sua mente utópica.
Noite após noite, meu amor, eu pus o mar.
Richard Wilbur: "The
House"
Sometimes, on waking, she would
close her eyes
For a last look at that white
house she knew
In sleep alone, and held no title
to,
And had not entered yet, for all
her sighs.
What did she tell me of that
house of hers?
White gatepost; terrace; fanlight
of the door;
A widow’s walk above the
bouldered shore;
Salt winds that ruffle the
surrounding firs.
Is she now there, wherever there
may be?
Only a foolish man would hope to
find
That haven fashioned by her
dreaming mind.
Night after night, my love, I put
to sea.
*From Anterooms: New Poems and
Translation by Richard Wilbur. Copyright © 2010 by Richard Wilbur. Houghton
Mifflin Harcourt Publishing Company. Disponível
em: https://www.poets.org/poetsorg/poem/house.
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