sábado, 21 de outubro de 2017

Richard Wilbur: "The House" (Tradução de Adriano Nunes)

Poema de Richard Wilbur (vencedor de 2 Prêmios Pulitzer em poesia: em 1957 e em 1989. Falecera este mês, no dia 14, aos 96 anos) traduzido por mim:

"A casa" (Tradução de Adriano Nunes)

Às vezes, ao acordar, os olhos fecharia
Pr' última olhada à casa branca qu' ela viu
No sono sozinha, e que título não possuía
E não tinha ainda entrada, pra seus cicios.

O qu' ela me disse daquela casa dela?
Portão branco; terraço; basculante à porta;
Andar de viúva acima da costa pétrea;
Ventos de sal que irritam abetos à volta.

Agor' ela está lá, onde quer que ser possa?
Somente um homem tolo esperaria achar
Tal paraíso feito por sua mente utópica.
Noite após noite, meu amor, eu pus o mar.


Richard Wilbur: "The House"


Sometimes, on waking, she would close her eyes
For a last look at that white house she knew
In sleep alone, and held no title to,
And had not entered yet, for all her sighs.

What did she tell me of that house of hers?
White gatepost; terrace; fanlight of the door;
A widow’s walk above the bouldered shore;
Salt winds that ruffle the surrounding firs.

Is she now there, wherever there may be?
Only a foolish man would hope to find
That haven fashioned by her dreaming mind.
Night after night, my love, I put to sea.

*From Anterooms: New Poems and Translation by Richard Wilbur. Copyright © 2010 by Richard Wilbur. Houghton Mifflin Harcourt Publishing Company. Disponível em: https://www.poets.org/poetsorg/poem/house.


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