quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Adriano Nunes: "Por que mesmo temer?"

"Por que mesmo temer?"


Não devemos temer
As velhas raposas!
Velhas e astuciosas
Raposas, as chocas!
Não devemos temer
As que ficam nas tocas,
De tocaia, à espreita,
À espera da hora
Certa, para o golpe
Fatal, as espertas
Raposas partidárias,
As de terno e gravata,
Sempre prontas para
Dar o astuto bote!
Não devemos temer!
Por que temer? Temer
Por que as raposas
Da retórica, das farsas,
Das próprias raivas?
Elas nunca foram caças.
Mas como elas caçam,
Sozinhas, agrupadas!
Não devemos temer
As velhas raposas,
As dos conchavos, todas
As da fácil falácia,
Das falcatruas, as que
Gabam-se por ser
Bastante engenhosas,
Ágeis enganadoras!
Por que mesmo temer?

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