“Convite ao Amor” (tradução de Adriano Nunes)
Vem nas noites co’ estrelas clareadas
Ou vem quando a lua felpuda encape-se;
Vem quando as solares douradas barras
Baixam às áreas áureas da forragem.
Vem no crepúsculo cinza aprazível,
Vem na noite ou vem no dia,
Vem, ó amor, sempre que seja possível,
E és bem-vindo, bem-vindo.
És doce, ó Amor, estimado Amor,
Como a aninhada pomba, meigo amor.
Vem ao peito, leva-o pra repousar
Como a ave voa pra o grácil lar.
Vem quando o peito esteja em aflição
Ou quando o coração contente esteja;
Vem com o despencar da folha ao chão
Ou com o purpurear da cereja.
Vem quando o primo anual florir irradia,
Vem quando o verão resplandece e aquece,
Vem co’ invernais amontoadas neves,
E és bem-vindo, bem-vindo.
Paul Laurence Dunbar: "Invitation to Love"
Come when the nights are bright with stars
Or come when the moon is mellow;
Come when the sun his golden bars
Drops on the hay-field yellow.
Come in the twilight soft and gray,
Come in the night or come in the day,
Come, O love, whene’er you may,
And you are welcome, welcome.
You are sweet, O Love, dear Love,
You are soft as the nesting dove.
Come to my heart and bring it to rest
As the bird flies home to its welcome nest.
Come when my heart is full of grief
Or when my heart is merry;
Come with the falling of the leaf
Or with the redd’ning cherry.
Come when the year’s first blossom blows,
Come when the summer gleams and glows,
Come with the winter’s drifting snows,
And you are welcome, welcome.
DUNBAR, Paul Laurence. The Complete Poems Of Paul Laurence Dunbar. New York:Dodd, Mead and Company, 1922.
DUNBAR, Paul Laurence. The Complete Poems Of Paul Laurence Dunbar. Echo Library, 2008.