"Nômade"
Tendo que ir,
Eu vou. Fundo,
Eu vou. Dentro,
Em mim, tento
Todo o tempo
Ter aqui
Versos, vôos,
Todo o mundo.
Fica longe
Do que penso
Aonde vou?
Me pergunto:
E por onde
É partir?
Quem eu sou
Não responde.
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Adriano Nunes: "Tic-tac" - Para a minha mãe e minha avó
---------------------------"Tic-tac"
--------------------------------Para a minha mãe e minha avó
-------------Clique na imagem para ler o poema
--------------------------------Para a minha mãe e minha avó
-------------Clique na imagem para ler o poema
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POEMA
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Adriano Nunes: "Dos antípodas"
"Dos antípodas"
Deste mar,
Verso, além,
Vejo alguém
A te amar.
Deste cais,
Onde estou,
Tento voos,
Tudo e mais.
Deve haver
Outro sol,
Outro ver
-Um farol?-
A envolver
O arrebol.
Deste mar,
Verso, além,
Vejo alguém
A te amar.
Deste cais,
Onde estou,
Tento voos,
Tudo e mais.
Deve haver
Outro sol,
Outro ver
-Um farol?-
A envolver
O arrebol.
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segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Adriano Nunes: "Mercúrio"
"Mercúrio"
Quando criança,
Tudo é possível,
Somos um míssil,
Tudo nos lança.
A vida vale
A pena, mesmo
Pesada e a esmo,
Mesmo que cale.
Ainda lembro:
Febre, termômetro
Quebrado, membro
Ferido, cetro
De vidro, dentro,
Espanto elétrico.
Quando criança,
Tudo é possível,
Somos um míssil,
Tudo nos lança.
A vida vale
A pena, mesmo
Pesada e a esmo,
Mesmo que cale.
Ainda lembro:
Febre, termômetro
Quebrado, membro
Ferido, cetro
De vidro, dentro,
Espanto elétrico.
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terça-feira, 18 de agosto de 2009
Adriano Nunes: "Valsa para Paulinho" - Para Paulo Sabino
"Valsa para Paulinho" - Para Paulo Sabino
p a u t a
d a
m e n t e
p r o s a
e m
p o e
m a s
é
t u d o :
p e l e
p e n a
p é
t a l a
t a l o
t e l a
é
t ê - l o
p e r t o
p r e t o
p r a t a
p r o t o
v a l s a a
v u l s a a
l e n t o a
l é m
l e n d o o
e m
s i
l ê n
c i o
s i n t o o
e m
s í n
t e s e :
l e n h a
l i n h o
p a u
p e d r a
p l á s t i c o
f o c o
f o r m a
f ó r m u l a
v ô o
v e r
v e e n
v o l
v e n
d o o ?
p o u c o a
p o u c o a
m o (r
e
p o u s o)
p o u n d ?
p a u s a
d a
m e n t e .
p a u t a
d a
m e n t e
p r o s a
e m
p o e
m a s
é
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p e l e
p e n a
p é
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v ô o
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p o u c o a
m o (r
e
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p o u n d ?
p a u s a
d a
m e n t e .
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domingo, 16 de agosto de 2009
Adriano Nunes: "Violável" - A Augusto de Campos
"Violável" - A Augusto de Campos
Veio, via
Veia-vídeo,
Vasta vasca,
Vício, vínculo.
Ver-vos, vós,
Verso vítreo,
Vibro, vingo,
Valho, vazo,
Visgo, verve,
Vida vária,
Verbo vero,
Viva Vaia.
Veio, via
Veia-vídeo,
Vasta vasca,
Vício, vínculo.
Ver-vos, vós,
Verso vítreo,
Vibro, vingo,
Valho, vazo,
Visgo, verve,
Vida vária,
Verbo vero,
Viva Vaia.
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sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Adriano Nunes: "Dessa empreitada"
"Dessa empreitada"
O que fazer
Agora? Nada
Dessa empreitada
É só prazer.
Na noite em claro,
Clamo por verso,
Divago. Imerso
Em mim, declaro
Trégua: não há
Tempo pra vida,
Pra tanto. Já
É manhã. Lida?
Arte, quiçá,
Adormecida.
O que fazer
Agora? Nada
Dessa empreitada
É só prazer.
Na noite em claro,
Clamo por verso,
Divago. Imerso
Em mim, declaro
Trégua: não há
Tempo pra vida,
Pra tanto. Já
É manhã. Lida?
Arte, quiçá,
Adormecida.
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terça-feira, 11 de agosto de 2009
Adriano Nunes: "Souvenir" - Para Waly Salomão
"Souvenir" - Para Waly Salomão
ver o ver
so dis sol
ver o ver
so dis sol
ver se ver
so por vir
de vol ver
per se vir
se só ver
ve sor ver
se só vir
do de vir
o de ver
de vi ver
ver o ver
so dis sol
ver o ver
so dis sol
ver se ver
so por vir
de vol ver
per se vir
se só ver
ve sor ver
se só vir
do de vir
o de ver
de vi ver
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segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Adriano Nunes: "Estilhaços poéticos"
"Estilhaços poéticos"
Passo a passo, um compasso
Trôpego, um troço, um brado,
Sem pressa, ao pé, quebrado,
Devaneio devasso,
Fruto, da Flor do Lácio,
Exótico, expugnável,
Da angústia inesgotável,
Pilar desse palácio
De palavras, extrato
Rítmico, um embaraço,
De rima, absurdo trato,
Um grande estardalhaço
Espelhado - verso abstrato? -
Na lida em que me laço.
Passo a passo, um compasso
Trôpego, um troço, um brado,
Sem pressa, ao pé, quebrado,
Devaneio devasso,
Fruto, da Flor do Lácio,
Exótico, expugnável,
Da angústia inesgotável,
Pilar desse palácio
De palavras, extrato
Rítmico, um embaraço,
De rima, absurdo trato,
Um grande estardalhaço
Espelhado - verso abstrato? -
Na lida em que me laço.
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sábado, 8 de agosto de 2009
Adriano Nunes: "Foz" - Para a minha amada mãe
"Foz" - Para a minha amada mãe
Da garganta
Do diabo,
Do céu, alto
Do penhasco,
Queda d'água,
Queda livre,
Que lembrança!
Dessa Foz
Sem fronteira,
Desse rio à
Vida inteira,
Sobressalto
Sobre o sonho,
Voz e medo,
Gravidade
Gota a gota,
Gesto líquido,
Grande força
Propulsora,
Pedra a pedra,
Que cratera!
Na retina,
Movimento
In natura,
Vento, verso
Vindo, vinga
Tudo agora,
Que moldura!
Entre as rochas,
Braços hídricos,
Entre as íris,
Traços íngremes,
Vácuo em volta,
Outro quadro,
Outro molde
Na memória.
O vestígio
Da alegria,
Revestido
De quimera,
Salta ao risco,
Desabrocha.
Adriano Nunes, Foz do Iguaçu, 06 de agosto de 2009.
Da garganta
Do diabo,
Do céu, alto
Do penhasco,
Queda d'água,
Queda livre,
Que lembrança!
Dessa Foz
Sem fronteira,
Desse rio à
Vida inteira,
Sobressalto
Sobre o sonho,
Voz e medo,
Gravidade
Gota a gota,
Gesto líquido,
Grande força
Propulsora,
Pedra a pedra,
Que cratera!
Na retina,
Movimento
In natura,
Vento, verso
Vindo, vinga
Tudo agora,
Que moldura!
Entre as rochas,
Braços hídricos,
Entre as íris,
Traços íngremes,
Vácuo em volta,
Outro quadro,
Outro molde
Na memória.
O vestígio
Da alegria,
Revestido
De quimera,
Salta ao risco,
Desabrocha.
Adriano Nunes, Foz do Iguaçu, 06 de agosto de 2009.
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sexta-feira, 7 de agosto de 2009
Adriano Nunes: "Tubo de ensaio"
"Tubo de ensaio"
Ponho o meu sonho
Dentro de um frasco
De vidro. A vida,
No fundo, fica.
Um outro pranto
Quer vir à tona.
Aquela dúvida,
Que tanto apronta?
Todo meu mundo
Torna-se visto,
Quando, no filtro,
De papel, brilho.
Ponho o meu sonho
Dentro de um frasco
De vidro. A vida,
No fundo, fica.
Um outro pranto
Quer vir à tona.
Aquela dúvida,
Que tanto apronta?
Todo meu mundo
Torna-se visto,
Quando, no filtro,
De papel, brilho.
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segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Adriano Nunes: "Caos movediço" - Para Flávio Corrêa de Mello
"Caos movediço" - Para Flávio Corrêa de Mello
É madrugada.
A vida, corre-
Corre, concorre
Para a guinada
Dessa alegria
Densa, contida.
Nada se olvida,
Nada varia.
Só o coração
(Nos versos lidos?)
Cede aos sentidos
Dos dias idos.
Restam ruídos
Que amores são.
É madrugada.
A vida, corre-
Corre, concorre
Para a guinada
Dessa alegria
Densa, contida.
Nada se olvida,
Nada varia.
Só o coração
(Nos versos lidos?)
Cede aos sentidos
Dos dias idos.
Restam ruídos
Que amores são.
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