"Queda livre" - Para Waly Salomão
Vivo
No
Ventre
Do
Verso
Feito
Feto,
Nu,
Livre,
No
Âmago
Da
Vida,
No
Líquido
Do
Verbo,
Dentro
Da
Cápsula-
Língua,
Da
Câmara
Do
Metro,
Bem
No
Fundo
Do
Útero
Do
Tubo
De
Vidro,
Feito
Ovo,
Célula-
Tronco.
Um
Dia
Vou
Ver/
Ter
Mar
Céu
Som
Caos
Vôo
E
Não
Mais
Só
Ser
Mudo
No
Chão
Do
Mundo.
sábado, 30 de maio de 2009
sexta-feira, 29 de maio de 2009
ADRIANO NUNES: "SONETO DE AMOR I VERSÃO 2" - PARA ANTONIO CICERO.
SONETO DE AMOR I VERSÃO 2
A m o
T u d o,
J u r o.
A m o
T a n t o
P r a n t o
Q u a n t o
C a n t o
C l (a m o o)
Q u e
S o u.
V ô o s
V e r
V a m o s.
A m o
T u d o,
J u r o.
A m o
T a n t o
P r a n t o
Q u a n t o
C a n t o
C l (a m o o)
Q u e
S o u.
V ô o s
V e r
V a m o s.
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ADRIANO NUNES: "SONETO DE AMOR I" - PARA ANTONIO CICERO.
SONETO DE AMOR I (PARA ANTONIO CICERO)
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A m o
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C l (a m o o)
Q u e
V ô o
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quarta-feira, 20 de maio de 2009
ADRIANO NUNES: "SÃO PAULO" - PARA CAETANO VELOSO.
SÃO PAULO (PARA CAETANO VELOSO)
"Desejo é passar mais tempo em São Paulo e, mesmo sem isso, escrever músicas em que coisas e climas da cidade apareçam." Caetano Veloso.
trânsito estático (garoa) trânsito Marginal
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trânsito estético(garoa) trânsito Tietê
((((((((((((((((((( (garoa))))))))))))))))))))))))
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trânsito estúpido(garoa) trânsito terminal
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trânsito estimado(garoa) trânsito matinê
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((a)((((((((((g)))))))))(o)((((((((r))))))))))(a))
((((((((((((((((((((em transe)))))))))))))))))))
((((((((((((((((((((galeras
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((((((((((((((((((((grafias
((((((((((((((((((((gravuras
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metrópole(((((((((((((((((((((((((((((((((((((((
"Desejo é passar mais tempo em São Paulo e, mesmo sem isso, escrever músicas em que coisas e climas da cidade apareçam." Caetano Veloso.
trânsito estático (garoa) trânsito Marginal
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segunda-feira, 18 de maio de 2009
Adriano Nunes: "Tradução"
"Tradução"
Não me importo
Co' os teus tópicos,
Da razão,
O destroço, o
Torto trópico,
Esse câncer,
Co' os tropeços
Do meu corpo,
Com a síntese
Dos sentidos.
Sou só vão.
Não me prendas
Ao teu tempo,
Feito trapo
Espalhado
Pelo chão,
Feito estorvo,
Feito estátua,
Feito máquina,
Sem miolo,
Só trabalho,
Todo esforço.
Não me cries
Nessa treva,
Assim triste,
Sem sinapse,
Distorcido,
Deprimido,
Sem um vínculo,
Não me faças
Vingar só
Das façanhas
Da vontade.
Não me cubras
Com as vestes
Da desculpa,
Com as folhas
Do fracasso,
Com os véus
De teu nexo
Apoplético,
Não me trates
Feito vômito,
Feito fezes.
Não me expulses
Do meu sexo,
Da alegria
Sem remédio,
De algum sonho
'Inda intacto,
Desse fado
Infalível,
Desse fim
Vasto em mim,
Sem o mito.
Não me estragues
O porvir,
O mistério,
Não me traces
Com os lápis
Dos descasos,
Co' o veneno
Do que basta,
Não me espreites
À socapa,
Dá-te ao verso!
Não me importo
Co' os teus tópicos,
Da razão,
O destroço, o
Torto trópico,
Esse câncer,
Co' os tropeços
Do meu corpo,
Com a síntese
Dos sentidos.
Sou só vão.
Não me prendas
Ao teu tempo,
Feito trapo
Espalhado
Pelo chão,
Feito estorvo,
Feito estátua,
Feito máquina,
Sem miolo,
Só trabalho,
Todo esforço.
Não me cries
Nessa treva,
Assim triste,
Sem sinapse,
Distorcido,
Deprimido,
Sem um vínculo,
Não me faças
Vingar só
Das façanhas
Da vontade.
Não me cubras
Com as vestes
Da desculpa,
Com as folhas
Do fracasso,
Com os véus
De teu nexo
Apoplético,
Não me trates
Feito vômito,
Feito fezes.
Não me expulses
Do meu sexo,
Da alegria
Sem remédio,
De algum sonho
'Inda intacto,
Desse fado
Infalível,
Desse fim
Vasto em mim,
Sem o mito.
Não me estragues
O porvir,
O mistério,
Não me traces
Com os lápis
Dos descasos,
Co' o veneno
Do que basta,
Não me espreites
À socapa,
Dá-te ao verso!
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sábado, 16 de maio de 2009
Adriano Nunes: "Elegia menor"
"Elegia menor"
Vão-se os véus desta tarde
Com a chuva. Faz frio
E em mim nova foz crio.
Depois, o pensar arde
Ante o impulso sombrio
E co' esperança assiste
O peito, gota a gota.
Surtos no céu, quem nota?
Há quem furos aviste,
Buracos na calota,
Furos no firmamento,
Por onde as minhas lágrimas
Fogem, feito uma rima
Do que se sabe acima.
Constrói-se cinza o dia.
Que poderei fazer
Pra dar-me a algum prazer?
Que voz me abrigaria?
Que resta pra dizer?
A noite virá treva
Apenas? Treva a fio,
Plena de desafios?
A que a tarde me leva?
Ao ritmo que aprecio?
Pelas frestas do teto, o
Poema em mim penetra,
Aos pingos, letra a letra,
Instigante, inquieto...
Que tormenta em meu cérebro!
Vão-se os véus desta tarde
Com a chuva. Faz frio
E em mim nova foz crio.
Depois, o pensar arde
Ante o impulso sombrio
E co' esperança assiste
O peito, gota a gota.
Surtos no céu, quem nota?
Há quem furos aviste,
Buracos na calota,
Furos no firmamento,
Por onde as minhas lágrimas
Fogem, feito uma rima
Do que se sabe acima.
Constrói-se cinza o dia.
Que poderei fazer
Pra dar-me a algum prazer?
Que voz me abrigaria?
Que resta pra dizer?
A noite virá treva
Apenas? Treva a fio,
Plena de desafios?
A que a tarde me leva?
Ao ritmo que aprecio?
Pelas frestas do teto, o
Poema em mim penetra,
Aos pingos, letra a letra,
Instigante, inquieto...
Que tormenta em meu cérebro!
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sexta-feira, 8 de maio de 2009
Adriano Nunes: "Entre formas e métricas, a fundo"
"Entre formas e métricas, a fundo"
Retido nos poemas, nesse mundo
De signos enigmáticos, prudente
Faz-se o olhar e, encantada, a minha mente.
Todo o meu eu alegra-se profundo,
Enquanto teço um verso confidente.
Entre formas e métricas, a fundo,
Sobre o que sei sentir, em ser me fundo.
Feito nuvem no cosmo, tão somente,
Atravesso lugares, o momento,
Povos, pedras, misérias e memória.
Não há verdade em nada nem adentro.
Apenas paira a essência provisória
Da existência de tudo sobre o centro
Do que quer o pensar, a bruta História.
Retido nos poemas, nesse mundo
De signos enigmáticos, prudente
Faz-se o olhar e, encantada, a minha mente.
Todo o meu eu alegra-se profundo,
Enquanto teço um verso confidente.
Entre formas e métricas, a fundo,
Sobre o que sei sentir, em ser me fundo.
Feito nuvem no cosmo, tão somente,
Atravesso lugares, o momento,
Povos, pedras, misérias e memória.
Não há verdade em nada nem adentro.
Apenas paira a essência provisória
Da existência de tudo sobre o centro
Do que quer o pensar, a bruta História.
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segunda-feira, 4 de maio de 2009
Adriano Nunes: "Para escrever alguns versos"
"Para escrever alguns versos"
Paira sobre a praia de Paripueira
A saudade de saber-me linguagem.
Procuro por um papel,
Para escrever alguns versos.
Há a áurea areia.
Daqui, outro mar concebo
Pra poder abrigar meu coração
Numa fragata de tempos.
Lanço-me às águas, às ondas...
Não aprendi a ser sereia
E afoga-me o fulgor do litoral.
Portentos me povoam todo, enquanto
A vida se veste de vozes,
Volitivas vozes.
E o infinito me incendeia.
Paira sobre a praia de Paripueira
A saudade de saber-me linguagem.
Procuro por um papel,
Para escrever alguns versos.
Há a áurea areia.
Daqui, outro mar concebo
Pra poder abrigar meu coração
Numa fragata de tempos.
Lanço-me às águas, às ondas...
Não aprendi a ser sereia
E afoga-me o fulgor do litoral.
Portentos me povoam todo, enquanto
A vida se veste de vozes,
Volitivas vozes.
E o infinito me incendeia.
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domingo, 3 de maio de 2009
Adriano Nunes:"Em mim, solto"
"Em mim, solto"
Coração
Dado ao espaço...
Sou poeta
E me faço
Nessa lida
Inquieta.
Tenho a alma
Mesmo vasta,
Mas não basta.
Tenho um sonho:
Dar-me ao sonho
De ser outro,
Mas é pouco.
Tenho um fado:
Dar-me ao verso,
Sol ritmado,
Vê-lo imerso
Em mim, solto.
Coração
Dado ao espaço...
Sou poeta
E me faço
Nessa lida
Inquieta.
Tenho a alma
Mesmo vasta,
Mas não basta.
Tenho um sonho:
Dar-me ao sonho
De ser outro,
Mas é pouco.
Tenho um fado:
Dar-me ao verso,
Sol ritmado,
Vê-lo imerso
Em mim, solto.
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