domingo, 16 de outubro de 2016

Adriano Nunes: "Das quimeras quânticas, o quanto"

"Das quimeras quânticas, o quanto"

Já não sei se fora a ardente brasa
Das quimeras quânticas, o quanto
Do teu corpo fora, o que me arrasa
Enquanto teço memória e canto.
Talvez, um impulso ou mesmo asa
Deste-me pra qu' eu voasse tanto,
Saltasse de mim, da vida rasa
Qu' eu levava, com tristeza e espanto.
Meu tempo, das leis entediantes,
Livraste - procurei, pra mim, cada
Palavra que me expusesse, antes
Que a astúcia dos silêncios em nada
Tornasse a esperança dos amantes.
Que o amor era, toda madrugada?

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