"alegria ao que se declara"
como não se permitir a
alguma estética mentira?
como não querer mudar a
vida, essa arquitetura rara
feita de quimera e atrofia ?
eis a roleta-russa, fria: a
mesma dor em dose pequena
ou nova ilíada pra helena?
como poder sucumbir a
o poema que o peito admira
e assim ver-se amalgamar a
alegria ao que se declara?
eis a cicuta, dia a dia:
tudo que não se remedia,
o caos que o sentir condena
a repetir vã cantilena.
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
Adriano Nunes: "saldo"
.............................................................""saldo"
................................................a imagem
.......................................................................por trás
...............................................da imagem
...................................................................- mar gem
.....................................................mar -
..................................................por trás
................................................................a miragem d
......................................................................................
......................................................................................
........................................................................entro d
....................................................a mira
..................................................................gem a mira-
.......................................................gem a mensa-
.....................................................................gem a me
...............................................................................nsa-
...........................................................................gem a
.....................................................................................
....................................................................................
....................................mensagem: fernando pessoa
.....................................................................................
.......................................................................p.....o-
..........................................................................v..o-
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...................................................................- mar gem
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....................................mensagem: fernando pessoa
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.......................................................................p.....o-
..........................................................................v..o-
..............................................................................a-a
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sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
Adriano Nunes: "o natal"
"o natal"
chega o dia.
tudo e sua pressa de tudo.
o mundo é um
milésimo de segundo...
corre-corre.
praias, pontes aéreas, escadas
rolantes, sacolas plásticas,
discos, livros, emeios, cartas
de contas, acertos de contas
com o passado,
nem pensar!
chega
o dia, tudo é
menos que um
milésimo de segundo.
o mundo? um porto
inoportuno, entre sonhos.
bilhetes
de passagens, presentes,
mil e
duas bagagens, saudade, cinema
mais tarde,
quem sabe?
chega o dia.
mesa posta,
uns sorriem e outros
até gostam da monotonia,
da solidão. chega o dia:
o coração acelera,
a vida em si
vida encerra
e pulsa,
catapulta de sentidos
que por muito tempo ficaram
escondidos,
quase ditos. shoppings, chopes,
chamas
de reencontros, redescobertas,
renascimentos e
ponto final.
chega o dia.
nas maternidades,
as mães montam o mito,
olham para o céu e
contemplam o infinito, secando
cordões umbilicais.
táxis,
ônibus,
aviões,
barcos...
um alvoroço
diante da
possibilidade do dia -
é que tudo parece
depender do dia,
descendente do caos -
demonstra o
quanto o dia
tem no sangue os matizes
familiares do desequílibrio,
dos impulsos primitivos,
da pressa.
adianta-se o dia:
outra luz surge
súbita,
além da língua:
nenhuma palavra é
capaz de abrigá-lo,
de desvendá-lo. os homens
violentamente constróem o presépio,
ponderam as suas
íntimas vidas, surpreendem
o deus menino.
chega o dia.
tudo e sua pressa de tudo.
o mundo é um
milésimo de segundo...
corre-corre.
praias, pontes aéreas, escadas
rolantes, sacolas plásticas,
discos, livros, emeios, cartas
de contas, acertos de contas
com o passado,
nem pensar!
chega
o dia, tudo é
menos que um
milésimo de segundo.
o mundo? um porto
inoportuno, entre sonhos.
bilhetes
de passagens, presentes,
mil e
duas bagagens, saudade, cinema
mais tarde,
quem sabe?
chega o dia.
mesa posta,
uns sorriem e outros
até gostam da monotonia,
da solidão. chega o dia:
o coração acelera,
a vida em si
vida encerra
e pulsa,
catapulta de sentidos
que por muito tempo ficaram
escondidos,
quase ditos. shoppings, chopes,
chamas
de reencontros, redescobertas,
renascimentos e
ponto final.
chega o dia.
nas maternidades,
as mães montam o mito,
olham para o céu e
contemplam o infinito, secando
cordões umbilicais.
táxis,
ônibus,
aviões,
barcos...
um alvoroço
diante da
possibilidade do dia -
é que tudo parece
depender do dia,
descendente do caos -
demonstra o
quanto o dia
tem no sangue os matizes
familiares do desequílibrio,
dos impulsos primitivos,
da pressa.
adianta-se o dia:
outra luz surge
súbita,
além da língua:
nenhuma palavra é
capaz de abrigá-lo,
de desvendá-lo. os homens
violentamente constróem o presépio,
ponderam as suas
íntimas vidas, surpreendem
o deus menino.
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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Adriano Nunes: "Outro natal"
"Outro natal"
Senhor, liberta-nos
Do que está lá,
Fora do alcance
Do coração.
Dá-nos apenas
Coisas pequenas
E alguma dúvida.
Nada queremos
Das esperanças.
Senhor, liberta-nos
Da angústia infinda,
Dá-nos o mundo!
Senhor, liberta-nos
Do que está lá,
Fora do alcance
Do coração.
Dá-nos apenas
Coisas pequenas
E alguma dúvida.
Nada queremos
Das esperanças.
Senhor, liberta-nos
Da angústia infinda,
Dá-nos o mundo!
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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
FERNANDO CAMPANELLA: "Sinos de Minas"
"SINOS DE MINAS"
Dois sinos tocam ao finado,
um maior, como do céu chamando,
e a alma melancólica respondendo
'Já vou indo, meu pai'
é o sino menor dobrado.
Outro sino
nove vezes na tarde badala
ad aeternum evocando a chegada
do antigo anjo dos mitos.
Aqui, sinos não celebram grandes impérios
nem cataclismos rememoram
nem por isso menos sino se torna
o eco do longínquo que sentimos.
Aqui também bate o sineiro
sinos doces, pequeninos
e da branca torre no natal
todo ano como num encanto
desce do Deus menino
um soprinho.
Observação: a foto, de autoria de Fernando Campanella, é de um vitral da Igreja Matriz de Brasópolis, sul de Minas Gerais.
Dois sinos tocam ao finado,
um maior, como do céu chamando,
e a alma melancólica respondendo
'Já vou indo, meu pai'
é o sino menor dobrado.
Outro sino
nove vezes na tarde badala
ad aeternum evocando a chegada
do antigo anjo dos mitos.
Aqui, sinos não celebram grandes impérios
nem cataclismos rememoram
nem por isso menos sino se torna
o eco do longínquo que sentimos.
Aqui também bate o sineiro
sinos doces, pequeninos
e da branca torre no natal
todo ano como num encanto
desce do Deus menino
um soprinho.
Observação: a foto, de autoria de Fernando Campanella, é de um vitral da Igreja Matriz de Brasópolis, sul de Minas Gerais.
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sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
Adriano Nunes: "o meu mundo era um mapa"
"o meu mundo era um mapa"
completos cinco anos de idade,
o meu mundo era um mapa-
múndi. devorava-o, à socapa,
em mim... quanta felicidade!
repetia tudo em voz alta:
bolívia, la paz capital.
na europa, espanha , portugal.
madagáscar, madeira, malta
são ilhas. (a palavra estranha
atravessava-me, tal ar)
inglaterra era grã-bretanha,
o mar morto, abaixo do mar.
a travessura me acompanha...
é minha infância a me guardar!
completos cinco anos de idade,
o meu mundo era um mapa-
múndi. devorava-o, à socapa,
em mim... quanta felicidade!
repetia tudo em voz alta:
bolívia, la paz capital.
na europa, espanha , portugal.
madagáscar, madeira, malta
são ilhas. (a palavra estranha
atravessava-me, tal ar)
inglaterra era grã-bretanha,
o mar morto, abaixo do mar.
a travessura me acompanha...
é minha infância a me guardar!
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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Adriano Nunes: "diáspora" - Para Augusto de Campos
.............................................................."diáspora"
........................................................................ Para Augusto de Campos
.....................................................)))))))))tiro
.....................................................)))))))))tudo
.....................................................))))))))))))do infini((((((((((t
....................................................o))))))))tudo
....................................................))))))))))))do vác((((((((((((u
....................................................o))))))))tudo
....................................................))))))))))))do to((((((.(((((((d
....................................................o))))))))tudo
...................................................))))))))))))do temp(((.(((.(((o
....................................................de))))))tudo
...................................................................))r((((e ))))
.................................................................t i r o - m e
.................................................................................
................................................................
........................................................................ Para Augusto de Campos
.....................................................)))))))))tiro
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.................................................................t i r o - m e
.................................................................................
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Adriano Nunes: " a r e d e / r é d e a"
.......................................................a.. r.. e.. d.. e.. /...r.. é.. d.. e.. a
.................................................................r............is
..............................................................r.....................it
.......................................................................r.................est
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quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Adriano Nunes: "rasuras de porão"
.....................,,,,"rasuras de porão"
....................Traços....troços....traços
....................troços....tRaços....troços
....................traços....troços....trAços
....................troços....traÇos....troços
....................trAços....troços....traços
....................troços....traços....troçoS
...........................T
......................................troçostR
.....................traçostroçostrA
...................................troçostraÇ
....................................trA
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.....................osratososratososratos
.....................osra...sosratososr
.........................r......os...............a
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.....................o.............rato
.....................osratososratososratos
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Adriano Nunes: "ou-s ou-o"
.......................................................................ou-s ou-o
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ANTONIO CICERO: "Noite"
"Noite"
Vêm lá do canal
reverberações
do ladrar de um cão.
Uma dessas noites
tudo vai embora:
Leve-nos,
ladrão.
Abre-se o sinal
pra ninguém passar.
É melhor ser vão
tudo o que pontua
nossa escuridão.
De: CICERO, Antonio. GUARDAR. Rio de Janeiro: Record, 1996 / Vila Nova do Famalicão: Quase, 2002.
Vêm lá do canal
reverberações
do ladrar de um cão.
Uma dessas noites
tudo vai embora:
Leve-nos,
ladrão.
Abre-se o sinal
pra ninguém passar.
É melhor ser vão
tudo o que pontua
nossa escuridão.
De: CICERO, Antonio. GUARDAR. Rio de Janeiro: Record, 1996 / Vila Nova do Famalicão: Quase, 2002.
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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
ADRIANO NUNES: "controvérsias, contornos e conchavos"
"controvérsias, contornos e conchavos"
meio-dia.
telefone desligado.
trânsito entrando sobrando
no cérebro,
calor,
vontade
de
sair correndo, dizer
o que
era pra ser dito,
esquecer
o quanto já tinha ouvido,
querer mesmo um
fim
de semana, um dia
pra rever-
ter tudo em
bel-prazer...
mas por que esse pensamento
perigoso,
cisma clínica sexto sentido
intuição,
ciúme, ridículo
arquétipo de
distração
resolveu dar as cartas,
feito diabinho
soprando, na orelha,
o conselho,
a controvérsia,
a centelha
pentelha... a regra
afinal?
e o momento
suspenso-suspense surpreende-me
de tal forma
que a vida deforma,
que o real
desbota-se...
enquanto calculo
a margem de erro
do engano:
o amor
é amor e
sem cláusulas,
contrato (esqueçamos
as fissuras,
as loucuras,
as brigas mais duras,
os vexames!)
o amor é
(um desacordo?)
exato.
meio-dia.
telefone desligado.
trânsito entrando sobrando
no cérebro,
calor,
vontade
de
sair correndo, dizer
o que
era pra ser dito,
esquecer
o quanto já tinha ouvido,
querer mesmo um
fim
de semana, um dia
pra rever-
ter tudo em
bel-prazer...
mas por que esse pensamento
perigoso,
cisma clínica sexto sentido
intuição,
ciúme, ridículo
arquétipo de
distração
resolveu dar as cartas,
feito diabinho
soprando, na orelha,
o conselho,
a controvérsia,
a centelha
pentelha... a regra
afinal?
e o momento
suspenso-suspense surpreende-me
de tal forma
que a vida deforma,
que o real
desbota-se...
enquanto calculo
a margem de erro
do engano:
o amor
é amor e
sem cláusulas,
contrato (esqueçamos
as fissuras,
as loucuras,
as brigas mais duras,
os vexames!)
o amor é
(um desacordo?)
exato.
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