quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Adriano Nunes: "De verter-se no outro, a grã vontade"

"De verter-se no outro, a grã vontade"



Há palavra no corpo, aquela chama
Intensa que não cessa e muito clama
Pela hora dos músculos e atritos,
Olhares frágeis máxime finitos.

De verter-se no outro, a grã vontade.
Átimo de alegria que até invade 
O ser-não-ser, a hipótese, o perigo
De imaginar que o outro é o inimigo.

De tíbias e de rádios, embaraços
Mecânicos. De lábios, lábis laços
Que se lançam ao ato decisivo:
Como não ser do amor um fugitivo?

2 comentários:

  1. No amor, estamos todos de passagem, buscando sempre o minuto anterior.

    Belo poema!!!

    Um abraço.

    Wendel

    ResponderExcluir
  2. Caro Wendel,


    obrigado!


    Abraço,

    Adriano Nunes

    ResponderExcluir