segunda-feira, 31 de maio de 2010

Adriano Nunes: "Claro Enigma" - Para Carlos Drummond de Andrade

"Claro Enigma" - Para Carlos Drummond de Andrade


Ó, Esfinge, silêncio!
Quer despertar o verso
Do seu sono de pedra,
Do seu coma profundo?

O verso não precisa
De pálpebras abertas,
De pupilas atentas,
De estado de vigília.

Deixe o verso fugir
De algum feixe sináptico,
Sem pressa. Deixe-o vir
À tona, feito enigma.

Claro, à luz da razão,
Sem receio dos ecos
Das imagens... De si,
E só, precisa o verso.


4 comentários:

  1. Adriano! Que coisa mais linda! Que versos inteiros, que falta de nada!
    Abraços admirado!
    Carolina.

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  2. Que entusiasmo em dizer: "Recite-me ou devoro-me."
    Grande Imortal Drumond.
    Bjs Goretti

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  3. Olá, Amigo!
    Que bela homenagem ao livro Claro Enigma. Tenho esse livro. Inclusive é o meu primeiro do Drummond.

    Abs!

    Marcos

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  4. Carolina, Goretti e Marcos,


    Grato pelas palavras! Fico muito feliz!


    Abraço fraterno,
    Adriano Nunes.

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