sexta-feira, 8 de maio de 2009

Adriano Nunes: "Entre formas e métricas, a fundo"

"Entre formas e métricas, a fundo"


Retido nos poemas, nesse mundo
De signos enigmáticos, prudente

Faz-se o olhar e, encantada, a minha mente.
Todo o meu eu alegra-se profundo,

Enquanto teço um verso confidente.
Entre formas e métricas, a fundo,
Sobre o que sei sentir, em ser me fundo.
Feito nuvem no cosmo, tão somente,

Atravesso lugares, o momento,
Povos, pedras, misérias e memória.
Não há verdade em nada nem adentro.

Apenas paira a essência provisória
Da existência de tudo sobre o centro
Do que quer o pensar, a bruta História.






3 comentários:

  1. Soneto, para já.

    O resto:

    O poeta é um fingedor...

    Um abraço

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  2. Estou como o Vieira Calado, este teu poema fez-me lembrar a Autopsicografia de Pessoa.
    Só que tu irradias luz, meu amigo.
    Beijinho e bom fim de semana.
    Isabel

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  3. Isabel e Vieira,


    Obrigado pelas palavras!


    Abraço forte em ambos!
    Adriano Nunes.

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