terça-feira, 16 de junho de 2009

Adriano Nunes: "Noite avulsa" - Para Arnaldo Antunes

"Noite avulsa" - Para Arnaldo Antunes


Enfim, a noite finda
Triste, sem uma estrela,
Fugaz e sem fulgor.
Entre as trevas que invento,

A lua. Posso vê-la a
Lutar contra o momento,
Abrigando-se, agora,
No horizonte, engolida

Pela penumbra, expulsa
Da calota, da vida
Da aurora que a devora,
Ante um céu ditador.

À beira da berlinda,
Tudo sangra, pra espanto
Do  observador, enquanto
A noite esvai-se avulsa.



6 comentários:

  1. Bem escrito, escorreito

    este seu poema.

    Um abraço.

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  2. Lua exposta aos olhos avulsos.

    Um abraço.

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  3. Adriano, vc tem o "lance da coisa". Entrei no seu blog e gostei pacas. Legal. Bola pra frente, véi!

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  4. Edson,

    Fico feliz por você ter gostado desse poema! Não sei se já tenho o "lance...", mas procuro fazer o melhor para o poema. Obrigado pela visita!


    Abraço forte!
    Adriano Nunes.

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