quarta-feira, 22 de junho de 2011

Adriano Nunes: "As minhas madrugadas são assim..."

"As minhas madrugadas são assim..."


As minhas madrugadas são assim...
Pensamentos me pesam, sonhos não
São só desassossegos, ilusão,
Ululante alegria vinga em mim.

Vestido de vigília, que propor
À intempérie do  ser? Todo prazer
Que pretende surgir, pra refazer
A luz delicadíssima, o fulgor

Do intervalo pulsátil, magno amor,
Ou o grã monstro sináptico, dragão
Devastador de tudo alerta, enfim?

Sono... O que se mais deve recompor,
Que astúcia usar para satisfazer
O meu âmago? Amanhece sem fim.








Um comentário:

Ana Tapadas disse...

Que excelência de soneto!


Já reparou como o discurso tagarela do «facebook» afastou as pessoas da boa leitura dos blogues?

Já andei tentada a fechar de vez o FB.

Beijinho